sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A Prostituta que amava os livros

Era inverno de um frio úmido que caía uma garoa fina sobre a cidade. Mas Lucineide não podia faltar ao seu oficio de dar prazer aos homens e mulheres que a procuravam. Na sua cabeça sonhadora, o seu trabalho tinha o propósito de cuidar das carências e fechar as feridas daqueles seres que tinham olhos puros mas mão calejadas. Mesmo com a dor exposta, o olhar era de uma criança que se perdeu da mãe. Que se perdeu na mudança. Debaixo de um casaco de pele já carcumido pelas traças, ela trazia uma lingerie de renda vermelha toda transparente. Já não era mais moça, mas ainda tinha um brilho de encantamento pela vida. Como se transformou nessa mulher da vida eu não sabia. Isso não demonstrava.
Guardava dentro dela as angustias dos amores não vividos e sonhos que não foram encantados. Prostituta por ofício. Mas não desgrudava de um terço de contas vermelhas que sempre trazia no pescoço. No fundo, era uma prostituta beata. Às vezes, rezava.
Mas Lucineide parecia viver em um mundo só dela. Um mundo de contos de fada.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CENTRO MADRE ANTONIA: "Uma pequena luz" para as mulheres em Rosário – Argentina

Nos seis meses vividos e partilhados na Cidade de Rosário Província de Santa Fé – Argentina,  tive a grande oportunidade de crescimento humano sensibilizado pela realidade das mulheres em contexto de prostituição desta cidade, especificamente no Bairro das Flores uma das maiores periferias no Estado de Santa Fé. Realidade esta encontrada de grande pobreza social beirando a miséria, lugar esquecido e marginalizado pelo governo. É claro e visível às necessidades básicas de moradia, saneamento básico, alimentação, trabalho, educação. A Injustiça social onde muitos têm pouco e poucos têm muito. É neste lugar de grande carência que se encontra o Centro Madre Antonia, uma das sedes de trabalho das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, onde atualmente conta com uma equipe de três religiosas Oblatas; duas professoras; uma assistente social; uma psicóloga e uma voluntária.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Jovens falam dos projetos das Irmãs Oblatas em Buenos Aires

              No segundo semestre de 2014, Ana Paula Assis e Luiza Pralon realizaram suas experiências apostólicas no projeto  Puerta Abierta Recreand - PAR  situado na cidade Autônoma de Buenos Aires – Argentina, no bairro – Constitución onde existe um grande número de mulheres em situação de prostituição.
        Puerta Abierta  é um projeto que pertence à Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor. Constituído por uma equipe de religiosas e  leigas/os que   promovem um espaço de acolhida, acompanhamento e  incentiva no processo de autonomia pessoal de mulheres em situação de prostituição e que são vitimas do tráfico de seres humanos para o fim de exploração sexual.  Neste espaço são desenvolvidas atividades de acompanhamento pessoal, aula de Informática, alfabetização, dança, trabalhos manuais, reflexão em grupo, celebrações em datas festivas e atividades externas.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Um Olhar sobre a Prostituição em Montevidéu (Uruguai)

O Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor possui Projetos Sociais em vários países do mundo, incluindo Uruguai (Montevidéu), onde a prostituição é regulamentada, o Projeto Social em Montevidéu é conhecido como CasAbierta e existe há 20 anos,  conta com assessoria jurídica, psicológica e social inteiramente gratuita. Nesse Projeto são atendidas mulheres vitima de violência de gênero, violência domestica, por partes de seus companheiros, pais e familiares; o perfil dessas mulheres é carente e sem estudos, onde facilita sua entrada na prostituição.
No segundo semestre de 2014 a Noviça das Irmãs Oblatas e Educadora Social Priscilla Fernandes visitou o Projeto Social e nos conta como foi:

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

VATICANO – Primeira Jornada Internacional de Oração e Reflexão Contra o Tráfico de Pessoas

          Roma – A primeira “Jornada internacional de oração e reflexão contra o tráfico de pessoas” será celebrada em todas as dioceses e paróquias do mundo, em grupos e nas escolas, no próximo dia 8 de fevereiro de 2015, dia de Santa Josefina Bakhita, escrava sudanesa libertada, religiosa canossiana, canonizada no ano 2000. A iniciativa é promovida pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes, pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e pelas Uniões internacionais, femininas e masculinas, dos Superiores/as Gerais .
O comunicado enviado à Agência Fides, evidencia que o objetivo da Jornada é “antes de tudo criar, uma maior consciência sobre o fenômeno e refletir sobre a situação global de violência e injustiça que atinge tantas pessoas que não têm voz, que não contam, que não são ninguém: são simplesmente escravas. Ao mesmo tempo, dar resposta a esta forma moderna de tráfico de seres humanos, através de ações concretas”.