Santo Amaro é do século XVI.
Cresceu com a chegada de imigrantes estrangeiros e pelas migrações internas.
Pessoas oriundas de Minas Gerais e do Nordeste, escolheram Santo Amaro para residir
e trabalhar na indústria que o impulsionou no século XIX. Na segunda metade do
século XX a região contou com 496 indústrias, representou 90% da indústria
farmacêutica da América Latina e foi um dos maiores colégios eleitorais de São
Paulo.
Essa
industrialização suscitou ocupação desordenada do espaço desde a década de 1940,
configurando uma região de contrastes socioeconômicos e problemas de
infraestrutura. Atualmente abriga um grande número de nordestinas (os). O
comércio de alimentos típicos, as “casas do norte”, como são conhecidas, o
sotaque dominante das pessoas, a música nordestina, lembram as cidades do Nordeste
do Brasil.
A expansão
e o desenvolvimento da região de Santo Amaro encontram-se registrados em
livros, artigos de jornais e revistas. Essa história gera orgulho para as (os) cidadãs
(aos), mas onde há grande concentração da população há também diferentes
categorias de pessoas, de distintas classes sociais, que nem sempre aparecem
nos registros históricos, embora façam parte do contexto, entre estas estão as
mulheres que praticam a prostituição que o parece ter sido invisibilizadas
nessa história.